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Vamos lá viajar

uma lua de mel do outro mundo

Vamos lá viajar

uma lua de mel do outro mundo

14
Out15

Em busca do Abel encantado!

Piriquitos

Punakaiki debaixo de chuva até que tem o seu charme, mas começamos a ficar sedentos de sol!
Mais uma manhã num parque de campismo e começamos a conseguir dar ratings às várias características das instalações: os duches, o Wi-Fi, a vista, a zona de parque, laundry, cozinha comunitária, etc.
Os duches são sempre importantíssimos. Podem ou não ter água constantemente quente, podem ou não ter banquinho para colocar a roupa e o necessaire, podem ou não ter cabide para pendurar a toalha, podem ou não ter espaço para vestir fora do próprio do chuveiro, podem ou não ter paredes, podem ou não ter secador do cabelo. É sempre uma surpresa que pode ou não correr bem! Se não houver espaço há que fazer uma ginástica de fazer inveja ao karate kid e ter um equilíbrio de fazer inveja aos maiores bailarinos. E acreditem, estamos a ficar pros!
Este último camping tinha pouco espaço, pouca pressão, não tinha secador, mas tinha um banquinho! Não está nada mau! :)
Seguimos pela Route 6 até sairmos da zona da West Coast, deixando para trás o cenário de praia rochosa e montanhas. O caminho é longo então fomos explorar o Rough Guide New Zeland para ver o que podíamos fazer até chegarmos ao Parque Natural Abel Tasman.
Uma boa parte da viagem é feita junto a um dos maiores rios do país, o Buller River, com água castanha da terra e uma corrente muito forte. Aproveitamos para parar em alguns miradouros para tirar umas fotografias, fazer piquenique e apreciar a vista.

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Algures a meio da viagem encontrámos uma tabuleta a dizer "Buller Gorge Swingbridge". Parámos a caravana e fomos descobrir o potencial da coisa!
Era 1 hora de trekking por um percurso que em 1929 tinha sido brutalmente devastado por um terramoto de 7,9 na escala de Richter. A força da natureza levantou a terra uns bons metros e abriu fendas enormes que ainda hoje podem ser vistas.
Este local é também conhecido pela exploração de ouro que continua a existir hoje em dia. Mas já voltamos a este tema!
O percurso começa pela travessia da tal Swingbridge, uma ponte que atravessa o rio de corrente forte e que só tem largura para passar uma pessoa. Para não bastar, a ponte balouça à medida que vais andando... Mais uma vez, o Diogo branco da cor daquela gravilha das Blue Pools!

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(Pedimos novamente desculpa pelo vertical video, mas a emoção era tanta que foi o que se arranjou! :P)

 

Pés bem assentes na terra fomos andando pelo trilho marcado com placas e sinais que nos levavam por zonas arenosas junto ao rio, por caminhos feitos de pedras arredondadas e por passadiços de madeira por cima de lama da chuva que tinha parado há 30min. Vimos uma árvore com um nome Maori, que agora não nos lembramos, com 300 anos e da altura de um pequeno prédio.
Ao chegarmos à torre que tinha o slide que nos levava, por cima do rio, de volta ao ponto de partida, encontrámos um senhor de boné, cabelo branco, barba rasa, que mais parecia um mineiro tirado de um desenho animado. Dissemos-lhe que no caminho até ali tínhamos encontrado um bilhete no chão para fazer um slide. Ele valorizou a nossa honestidade e deu-nos uma lição prática de gold panning, que era uma actividade paga. Encontrámos umas pepitas de ouro, ou pelo menos ele disse que sim...
De seguida, fomos para a rampa de lançamento do slide que era operado pelo mineiro (:O medo...), escolhemos tandem para irmos os dois juntos e depois de sermos devidamente presos ás cadeiras de pano e de o homem do outro lado da ponte abanar uma bandeirinha amarela, lá vamos nós! ... Mais devagar do que o esperado... Ainda estamos a ir... Nunca mais chegamos... E pronto já está! Estamos com os níveis de adrenalina muito em cima ao que parece!
Montamo-nos na nossa casa com rodas e continuamos rumo a Norte junto ao rio. De repente o cenário muda totalmente.
Começam a aparecer quintas atrás de quintas com tudo o que se possa imaginar, de vinhas a amoras, de algodão a feijão, de maçãs a kiwis, de ovelhas a vacas e cabras, cada 5 metros era uma quinta diferente.
Isto dura até entrarmos no parque natural Abel Tasman. Aí recomeçam as curvas apertadas, subidas e descidas por vegetação menos exótica cheia de pinheiros gigantes. Depois como quem quer pregar um susto, aparece-nos um areal enorme com mar ao fundo e barcos atascados, uma ria que deságua numa baia chamada Mahrau.

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Seguimos na única estrada que existe junto á praia com a vista para o horizonte de mar interrompido por umas ilhas do lado esquerdo da baía. No fim da estrada entramos para o nosso campervan park Old McDonalds Farm e somos recebidos por mais um muito amistoso neozelandês que nos regista e indica o caminho para o nosso lugar no parque de caravanas.
Feito o estacionamento, decidimos ir dar uma volta á mini cidade. Não se passa muito e á volta entramos num café bar chamado Park que tinha provavelmente 75% da população da aldeia numa mesa á conversa. Coincidência ou não, o dono do bar já tinha estado no Pantanal o que deu para fazer conversa sobre o Bernardo e as suas experiências. Outro rapaz que por lá estava tinha estado o ano passado em Portugal no Boom Festival e para o ano lá voltaria (trocámos e-mails para possivelmente nos encontrarmos).
Uma cervejinha acabada e vamos para a caravana com uma necessária paragem num amiguinho Alpaca que já tínhamos avistado! :)

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13
Out15

Punakaiki o seu pézinho

Piriquitos

Hoje foi o primeiro dia que acordámos com o céu completamente cinzento uma chuva torrencial. Fizemos a nossa rotina do costume: umas grandas torradas na caravana, um hot shower nos duches do campismo, e siga viagem para mais um sítio mágico.
Agora a Route 6 tem um cenário um bocado diferente, do lado direito montanhas abismais com uma vegetação super densa e à esquerda a costa oeste com uma linha de praia de km e km. A paisagem é linda até 1 km de distância, não para ver mais que isso devido ao nevoeiro. (Pedimos desculpa pelos vídeos verticais, íamos tirar uma fotografia e acabámos por filmar :P)

 

São uns valentes km até à primeira paragem, Hokitika, que com a chuva intensa e o nevoeiro cerrado levantam duas questões pertinentes: será que vai acabar o mundo com uma inundação? Ou será que o D. Sebastião vai aparecer no meio da estrada e sem querer vamos atropelá-lo?
Hokitika é uma mini cidade junto ao mar onde o seu grande monumento é uma torre do relógio numa rotunda. Paramos a nossa casa e vamos a pé até à praia tirar umas chapas, debaixo de uma tempestade agressiva. Descobrimos outro monumento, o nome da cidade escrita em troncos junto ao mar.

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Entramos no Stella Cafe para comer qualquer coisinha. No menu estava "Cheese Waffles with Bacon" que decidimos pedir como entrada. Em cima disso, o Diogo pediu um Lamb Beef Burguer e a Ana, com saudades dos ovos com bacon do Hotel Millbrook, pediu um All Day Breakfast. Tínhamos ali, em cima da mesa, umas ligeiras 37mil calorias. Ah, e como não estávamos satisfeitos, ainda pedimos um batido de banana que parecia que estávamos beber leite condensado por uma palhinha.

Barriguinha cheia, siga a marinha!
O próximo ponto de paragem é em Punakaiki que nos foi sugerido para vermos o Pancake Rocks e os Blow Holes.
Demorámos mais 3 a 4 horas a chegar, que acumuladas ao ao longo do dia ainda são umas quantas horas dentro do carro, o que tem as suas consequências.

 

 

Finalmente chegámos às famosas Pancake Rocks que são rochas formadas por várias layers de sedimentos que parecem montanhas de panquecas, umas em cima das outras. Para vermos este mistério da natureza fizemos um passeio junto ao mar num sítio tipo boca do inferno, mas com muito mais vegetação.

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De seguida, fomos parar a nossa van no Beach Camp, um parque de campismo no meio da floresta mesmo junto à praia. Saímos logo a seguir para um trekking de cerca de 1 hora no Paparoa Park. O trilho era estreito por entre as mil e uma árvores, sempre junto ao rio. A vegetação era tão densa que embora saibas que estás a 5 passos do rio por vezes não o consegues ver. Parecia que estávamos a ser perseguidos por um T-Rex que nunca aparecia, mas estava ali escondido no meio do mato de narizinho apontado para nós à espera do primeiro deslize para atacar.
Em falar em deslizes, enquanto tirávamos umas selfies em time lapse, a Ana pisou em falso e ia caindo para o rio, como se vê nas fotografias :P

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No retorno do passeio, vimos dois animais os Wickers (será assim que se escreve?) que pensávamos serem Kiwis. Ficámos uns minutos a filmá-los super entusiasmados que estávamos perante o bicho mais famoso da Nova Zelândia. Not!!! Viemos a descobrir que eram simples pássaros, uns primos afastados das galinhas.

Eram 7 da tarde quando chegámos à caravana e as 37mil calorias que ingerimos ao almoço relevaram não ter sido uma grande ideia. Estávamos de tal maneira mal dispostos que nem conseguimos jantar. Fomos dormir pelas 20h com a chuva a bater forte na caravana proporcionando um adormecer muito cozy! :)

12
Out15

Tá frescote filhote!

Piriquitos

Para começar bem o dia limpa-se esgotos e muda-se as águas da caravana. Coisas agradáveis de fazer logo pela manhã!

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Depois desta tarefa espetacular seguimos viagem rumo a Franz Joseph para uma excursão num dos 3mil glaciares que existem neste país.
Mais uma vez, os cerca de 150km de viagem mudam a cada curva. Primeiro a paisagem começa por ser feita de planícies verdes, tão verdes que parecem tapetes sintéticos. Depois, a estrada (Route 6) começa a aproximar-se da costa e a paisagem muda completamente. O que antes eram prados a perder de vista agora são enseadas rochosas onde nasce o Tasman Sea.
Estão a ver a Estrada do Guincho? Não tem nada a ver!
Entre as tais enseadas saltam praias de gravilha com muitos troncos secos.. é estranho, mas bonito!

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Uma pequena nota: como Portugal é o país das rotundas, a nova Zelândia é o país das pontes. Não fazes 5 metros sem tropeçares numa riachito com uma ponte de uma só faixa. Ou passa um carro para lá, ou passa um carro para cá.
Riachito em riachito lá chegámos a Franz Joseph pelas 11.30h. Temos 30 minutos para almoçar, ir ao supermercado, preparar um lanche para meio da tarde, registar-nos na excursão, vestir aquelas roupas de neve e apanhar o helicóptero para os glaciares. And we did it!

O caminho até ao heliporto faz-se pelo meio do mato parece que estamos na tropa e temos uma missão de salvamento. Tal como nos alertou a senhora Fátima Moura na cerimónia, a Ana ficou magicamente com vontade de fazer xixi a meio do caminho para o helicóptero, acabados de sair do edifício onde havia casas de banho.... Previsível! O que valeu foi a casa de banho de festival que havia no heliporto para os senhores que lá trabalhavam!
Depois de levarmos uma lição de segurança do Bro, um neozelandês claramente de descendência Maori, seguimos para dentro do helicóptero com mais dois casais (um casal Britânico e outro Malaio). O piloto levanta vôo, dá meia volta e vai em direcção às montanhas dos glaciares.
Aterramos em pleno glaciar, no meio do gelo, rodeados de branco e pedra.

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O nosso guia Josh dá-nos as indicações de segurança para colocar os crampons, os pitons para o gelo que se metem nas botas, e lá vamos nós em mais uma aventura subir os glaciares com um grupo de 6 malaios e o tal casal de britânicos.
O gelo dos glaciares parece vidro e à medida que subimos mais branco e puro está. O passeio é feito entre rachas gigantes no gelo e o Josh vai usando a sua picareta para fazer degraus nas paredes de gelo para irmos subindo. Ele explica-nos que os glaciares movem-se 3 a 4 metros por dia! Como tal, nenhuma excursão é igual. O staff todos os dias trabalha o gelo de forma a abrir caminhos para que seja possível fazer as visitas que são verdadeiras gincanas.
Passámos por dentro de túneis de gelo que não são maiores que a nossa largura de ombros.. um tanto claustrofobico, mas brutaaaaal!

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Já estávamos a chegar ao topo do glaciar quando as nuvens começam a aparecer e o nevoeiro ameaça a continuação da aventura. O Josh demonstra muita tranquilidade, mas percebemos pelas conversas no walkie-talkie que a indicação é começarmos a descer. Paramos uns minutos para comer o nosso lanche, tirar umas pictures e estava na hora de voltar. As condições não estão nada favoráveis e é melhor jogar pelo seguro.
É neste momento que ouvimos um mega estrondo vindo lá de cima! Olhámos todos com o coração na garganta... Uma derrocada ao vivo! Um conjunto de calhaus de gelo que deslizava montanha abaixo acompanhado de um som forte tão natural como assustador! O Josh, mais uma vez, demonstra uma tranquilidade exímia que nos deixa um bocado mais relaxados! Seguimos viagem, sempre a descer!
O helicóptero foi buscar-nos e fizemos a viagem até terras seguras com uns ligeiros abanões. Tivemos muita sorte porque pelo que se percebeu depois de nós só subiu mais uma excursão por causa do tempo... Vem aí chuva durante 2 dias e com chuva não há passeios!
Depois da excursão estava na hora de descobrir um campervan Park e acertámos na muche com o Rainforest Retreat. Cada lugar de caravana era "esculpido" no mato e toda a zona era em plena floresta. Lindo e relaxante!

À noite fomos beber uma cervejinha ao bar do parque de caravanas e depois de uma caneca, mesmo à montanhistas, aparece a senhora do bar com champanhe a perguntar se estávamos em lua de mel (??? Mas como é que ela sabe?!). Então foi o casal de britânicos que veio connosco em excursão, o Euan e a Bethany que estavam sentados do outro lado do bar, que nos ofereceram este presente (nós dissemos que estávamos em lua de mel durante a excursão)! Muito porreiros. Fomos ter à mesa deles e là ficamos 4 horas na conversa, a beber uns copos e a trocar impressões de viagem! Muito muito castiço!!

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