O acordar vai ficando cada vez mais alinhado com este lado do mundo e hoje é o último dia no hotel por isso tencionamos aproveitar cada minuto a 120%! Hoje avizinha-se um dia limpinho de nuvens e vento, mas o frio apareceu em força e devem estar uns 7 ou 13 graus. O caminho até aos ovos com bacon foi um bocado mais custoso! Para hoje temos marcado ir buscar a caravana, saltar no Highest Canyon Swing in the World e seguir viagem para sul para a zona dos fiordes. Pois então fazemos a última vistoria ao quarto e seguimos para o checkout na recepção. Eles dizem-nos que podem dar-nos boleia até ao stand da Maui Motorhomes. À chegada a senhora recebe-nos com uma simpatia já típica neozelandesa ( mas com um tom e uma forma de falar que apetecia dar estalos em modo combo do street fighter), e diz-nos que estávamos marcados para o dia anterior (!!! Ups), mas sem problema. Levámos uma ensaboadela de regras de segurança, protocolos e informações várias e depois um senhor vem connosco explicar a parte prática da caravana (águas, electricidade, esgotos, camas, mesas, etc,etc). Acabou a lição e lá vamos nós, chave na ignição, travão de mão desengatado e em frente...ups... sempre pela esquerda!!! SEMPRE PELA ESQUERDA!
Muito obrigado a quem participou para este presente!!!! :)
Agora vamos lá atirar-nos de um precipício a 350m de altitude com uma queda livre de 60mts é um Swing de 200mts. Chegamos à lojinha e eles dizem-nos que ainda temos 45minutos (alguém está ansioso claramente). Chega a hora e tiram-nos os pesos, os dados pessoais e fazemos um caminho de 20 minutos até ao local (a parte da chegada é por uma estrada que devia ser uma actividade só por si). O sítio é "lindo de morrer" com grandes montanhas todas rasgadas de encostas num misto de verde e pedra com um riacho no fundo.. Parece um filme! A zona de salto é uma barraca de madeira e parafusos pequeninos. Os gajos que fazem toda a preparação têm um discurso afinado para que tu não vás para ali tranquilo ("im an honest Travel guide, and i must say that this is not safe", "we have a success rate of 51%, dont worry", "i tried to jump once and then i realized the equipment was shit and everything was still under construction, so i never did it again") :O !!! Decidimos saltar os dois juntos de frente, puseram-nos os arneses e fomos dos últimos a saltar. Quando chegou a nossa vez perguntaram se portugal não era uma ilha em África e puseram a música do Madagascar "move it". "On go you must take a step forward together and jump" diz o homem enquanto olhamos para o precipício e nos pomos com os dedos do pé na pontinha. 3, 2, 1, MOVE IT! E lá voaram os piriquitos para uma queda espectacular de alguns segundos... Uma sensação única de medo, ansiedade e felicidade! Que loucura!!!! (Depois partilhamos o vídeo)
A quem quis participar no nosso vôo de baptismo, muito obrigado!!!!! :)
Eram 15h e tínhamos que começar a viagem para Manapouri, o ponto de saída para o passeio do Doubtfull Sound. Fomos buscar um granda burrito a uma tasca mexicana chamada Caribe (aconselhamos vivamente) e partimos na nossa caravana do amor!
O Diogo não só guiou a caravana durante 2 horas e tal como estacionou num parque de um supermercado num lugar para carros normais. Ficámos um bocadinho com o rabiosque de fora.......
Depois de abastecer a caravana de alimentos, seguimos pela estrada que não há palavras para descrever. A primeira hora é feita de curvas e contra-curvas ao longo dos Lagos com montanhas dos dois lados. Mete a marginal num chinelo! Imaginem uma costa mediterrânea que se cruzou com as montanhas austríacas e tiveram um filho que encheram de esteróides... É este o nível da coisa! Depois a segunda hora de viagem é planícies e planaltos pintados de verde e castanho com 20 ovelhas por m2. (Ahhhh, então é por isso que as UGG são a 70€!!) Infelizmente as fotografias ficaram na máquina por isso só depois é que podemos mostrar!
Chegámos ao Possum Lodge, Manapouri, e temos um lugar espetacular para a nossa caravana. Parqueamos o bicho e vamos ver os arredores. Não é que a 20 passos de distância está um lago de onde parte o barco para os fiordes! O cenário é mais uma vez lindo de morrer e nós agradecemos este karma espetacular :)
Acabámos o dia a fazer a nossa cama na caravana e a arrumar as coisas nos poucos armários que existem.
Acordámos às 6 da manhã, todos jetlaggados! Tomámos o pequeno almoço no Hotel, como quem diz um pratão de ovos mexidos, bacon, cogumelos, tomate assado, torradinhas e salsichas, seguido de um prato de fruta e doces. Mesmo bom!
A nossa vista na mesa era um campo de golf rodeado de montanhas, algumas ainda com neve no cume, outras com vários tons de verde, tipo os outfits do Diogo há 4 anos atrás. :P
Depois do pequeno almoço de campeões apanhámos um transfer para o centro de Queenstown, a cidade mundialmente conhecida pelos desportos radicais. A ideia era passear pela cidade e ver quais actividades podíamos fazer! Fomos fazer um plano do dia para a "praia" de Queenstown.
Decidimos subir de "gondola" aka teleférico até ao topo de uma montanha mesmo junto à cidade e ver uma vista de cortar a respiração. O centro da cidade é virado para uma baia do Lago (não nos lembramos do nome agora) e dá para ver duas mini penínsulas que entram pela água a dentro. É um quadro autêntico que torna a cidade (meio acinzentada) uma obra de arte natural.
Também de cortar a respiração foi a corrida de carrinhos de rolamentos que fizemos a descer parte da montanha. Chama-se Luge e tem uma pista azul e uma vermelha, cheias de curvas e contra-curvas, túneis e lombas. Fizemos 2 azuis e 1 vermelha com uns capacetes todos estilosos!! (Ana: Só estou com um capacete azul porque o vermelho só havia XS!)
Acabada a brincadeira dos carrinhos, descemos novamente a montanha e fomos marcar para a tarde um barco que tinha 820 cavalos e andava pelos braços do lago, a fundooooo!!!! Depois fomos almoçar ao FERG Burguer, o restaurante mais famoso da cidade.. Era um hambúrguer tipo pizza, tinha tanto de grande como de enjoativo. Nenhum de nós conseguiu terminar. Fica a fotografia que comprova o tamanho dos bichos!
O tempo começou a mudar e caiu uma mega carga de água que nos impossibilitou de andar no bote de 820 cavalos! Um misto de alívio com tristeza! Pode ser que ainda consigamos lá voltar :)
Chegámos a casa e apagamos completamente. O que eram 10 minutinhos de olhos fechados, viraram 3 horas a roncar! O relógio interno da Ana nunca falha portanto sem despertador acordou em cheio as 20.35h.. Já estávamos 5 minutos atrasados para um jantar fancy que tínhamos marcado no restaurante fine dinning do hotel. Vestimos o nosso melhor kit (e único) e fomos completamente zombies comer comida gourmet!
Mãe da Ana atenção às fotos!
Entretanto chegámos ao quarto e a madrinha Mary S tinha lá "deixado" uma garrafa de champanhe para celebrarmos o love como deve ser!!! Mil obrigados madrinha querida!!!!!!
Kuala Lampur para Melbourne foram 7 horas de avião em que já estávamos mesmo a dar as últimas. Noção horária era mentira. Seria ainda segunda ou já era terça? Era hora de tomar o pequeno almoço ou de jantar? É que não nos lembramos de ver dia desde que saímos de Lisboa! Sempre que aterrávamos era de noite!
A Ana estava verde e o Diogo roxo, literalmente roxo! As pernas dele tinham inchado e as meias estavam a fazer uma pressão tal que estava mesmo roxo! A Ana, como boa mulher, deu-lhe umas valentes massagens e a coisa mudou um bocadinho de cor :P
Chegados ao Aeroporto de Melbourne fomos comer uma pizza e tentar dormir... Íamos ficar ali presos as próximas 8 horas e eram 3 da manhã (estão a ver? é sempre de noite!). Escolhemos o melhor spot, o Aeroporto não tinha viva alma, e deitamo-nos pela primeira vez na horizontal em 30 horas... Quem agradeceu foram as nossas pernas e os nossos pés! (Será que se considera noite de núpcias?!) Dormimos cerca de 3 horinhas e acordamos eram 7 da manhã, o voo era às 10h. A Ana enquanto esperava que a Vitória Secret abrisse portas para a felicidade, achou que era normalissimo comer um hambúrguer chicken do Bruguer King (aka Hungry Jacks na Austrália). O Diogo foi mais conservador e optou por uma omelete no restaurante chinês. Bom, comidas à parte, lá abriram as lojas, a Ana lá repôs o stock na VS, e depois de darmos 2 voltas ao Aeroporto encontrámos UGG a 70€!! Um escândalo de preço, quem quiser encomendas avise!
Lá apanhámos o avião para a Nova Zelândia, com os olhos postos numa cama King Size e o coração preso naquelas UGG a 70€! Foram 2.30h, parece impossível que existam viagens que durem menos de 7 horas! Mas se acham que entramos no avião sem qualquer problema, desenganem-se! Não tínhamos imprimido o bilhete de regresso para Lisboa então não nos deixavam embarcar para lá sem essa garantia que voltávamos para casa! Agora a coisa complicou-se, faltavam 20 minutos para o avião descolar e a Ana não tinha os bilhetes em anexo no e-mail, raio do iphone quando mais precisamos dele gosta sp de nos desiludir! Ligámos à Mãe do Diogo que era a única pessoa que tinha os bilhetes no e-mail! Graças a todo o bem que devemos ter feito nesta ou noutra vida, a mãe do Diogo enviou-nos os bilhetes e conseguimos embarcar. mas acreditem, o processo não foi nada fácil e entrámos no avião mesmo à última!
Recompensa por sermos boas pessoas também deve ter sido o facto de no avião nos terem oferecido um voucher de 10$ para gastar em águas e comidas de avião! Sim, era uma low cost, mas até um iPad nos emprestaram para nos entretermos durante a viagem! Enquanto o Diogo jogava aos tiros aos bonecos, a Ana dormiu quase a viagem toda. Também, 2.30horas de voo é para meninos!
Indiscritível a aproximação ao aeroporto de Queenstown, na Nova Zelândia! O avião andava a voar entre montanhas gigantes com neve no topo (isto junto com uma turbulência jeitosa não estava a deixar a Ana super confortável). Mas sem dúvida a paisagem mais linda que vimos! Não queríamos acreditar na quantidade de montanhas lindas com rios enormes a passar pelo meio e a rasgar planaltos de mil verdes diferentes, era um espectáculo da Natureza o que estávamos a ver! Chegámos aos Fiordes! Deixamos aqui uma foto já no aeroporto que era rodeado destas montanhas, completamente no meio do nada num vale. A foto é meia clandestina e não mostra bem a situação porque levámos logo na cabeça por estarmos a usar telemóveis então não ficou impecável.
Chegados a Queenstwon e deu logo para perceber que a malta da nova Zelândia são os mais simpáticos, o senhor da alfândega impecável, a senhora do controlo biológico impecável e até o chinês da loja da vodafone respondeu com um "obrigado" em português!! O Pete, o faz-tudo do hotel Millbrook (que a granda madrinha Mary S nos ofereceu para ficarmos duas noites antes de partimos na caravana), foi-nos buscar e levou-nos ao hotel!
Bem, este Hotel é literalmente no meio das montanhas, mega rústico e mega chique ao mesmo tempo, não há descrição para o bonito que é! (O duarte e o tama iam roer-se para verem isto) Ficámos a dormir numa casinha, à frente de um lago, mega rústica/luxuosa! Tem tudo o que sonhamos: cama King Size, banheira gigante, varandinha para uma vista de perder o fôlego!
Mas acham que chegar à cama King Size foi fácil? Claro que não!!! Passámos por outro mega contratempo que achámos mesmo que não íamos resolver! E aqui a culpa foi 100% nossa que nos esquecemos de fazer o que o pai da Ana avisou! O Sr Comandante tem sempre razão! (Vamos fazer como na escola e como castigo vamos escrever esta frase 100 vezes para não nos esquecermos mais)
Então é o seguinte: quando se recebe um cartão de crédito há que activa-lo numa máquina de MB (claramente passou-nos ao lado), e depois deve-se colocar um limite de crédito útil (e não só 250€ mesmo à forretas). Os neozelandeses são mesmo porreiros e deixaram-nos ir dormir uma sesta (mas não sem antes encher a banheira de água quentinha e ficar de molho 15 a 20 min com uma pitada de sais... descrição digna de receita não é Sra Fátima Moura?) até às 8pm que são 8am em portugal quando abrem os bancos e hora em que falámos com a Carla do Activobank que nos resolveu a situação. Obrigada Carla! Depois fomos jantar num dos restaurantes do hotel para nos irmos deitar outra vez. O céu está lindo, limpinho e cheio de estrelas. Não se pode pedir muito mais :)