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Vamos lá viajar

uma lua de mel do outro mundo

Vamos lá viajar

uma lua de mel do outro mundo

10
Out15

Um dia no paraíso do século XVII

Piriquitos

Primeira noite na caravana, na nossa Lua de Mel, no meio de um bosque junto a um lago gigante rodeado de montanhas, umas com neve outras verdes, super romântico não acham??
NOT!!!
Acordámos com o cérebro completamente congelado, meter um dedo fora do edredão era pior do que uma tortura chinesa. Claramente ainda não aprendemos os truques dos caravanistas. Saltámos da cama e metemos o aquecedor no máximo, fizemos umas grandes torradas e tomamos um banho quente nos showers do parque de campismo. Revitalizante!
Acabámos por perceber que tínhamos que vedar as paredes da caravana junto à cama com almofadões para não deixar o frio entrar assim à campeão por ali a dentro. Vamos lá ver na próxima noite!

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Fizemos a mochila e fomos pelo bosque fora, cerca de 5 minutos a pé, até um ancoradouro onde estava o barco que nos levava um dia inteiro numa viagem até aos fiordes de Doubtfull Sound.
Apanhámos o barco e fizemos uma viagem de cerca de 1 hora pelo Lake Manapouri, rodeado por mil e uma montanhas muito altas, muitas delas com neve que ainda resta do inverno que passou. Fomos neste barco até a outro ancoradouro onde está a Manapouri Power Station, uma estação hidráulica que é capaz de fornecer energia a toda a Ilha Sul da Nova Zelândia, 

Daqui fomos levados, nós e mais uma dúzia de chineses (aka Nocas, para ninguém perceber), de autocarro por um tracking nas montanhas onde o cenário mais se assemelha ao filme Jurássico Park. Com vegetação intocada com cataratas gigantes a sair do meio das pedras, árvores cobertas de musgo verde vivo com formas surreais e vários arco-íris (não porque chovia mas porque estávamos à altura das nuvens). Tudo isto numa mini estrada de gravilha que de um lado tinha cascatas e do outro um precipício que ía dar aos imensos lagos dos fiordes. Algumas montanhas tinham neve no cume, outras apenas os vários tons de verde dos antigos outfits do Diogo.

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A viagem de autocarro durou 1 hora e foi animada pelo Chris, o condutor que tinha sempre uma piadola na ponta da língua!

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Chegámos a outro ancoradouro onde tínhamos uma nova tripulação à nossa espera típica neozelandesa, sempre com um mega sorriso na cara e umas palavras muito simpáticas. Nesta tripulação estava a Eugenia, uma senhora tripeira que fez questão de dar um mega abraço à Ana e contar a vida toda. Como boa portuguesa, ofereceu-nos um granda expresso à pala! Obrigada Dona Eugenia!
Entrámos neste novo barco e seguimos viagem por uma artéria dos fiordes que ia até Doubtfull Sound, a entrada do Tasman Sea.

De forma a perceberem um décimo da beleza que isto é, vamos tentar utilizar metáforas e analogias porque de outra maneira não é possível!
Estes fiordes foram descobertos no século XVIII por James Cook, o explorador britânico, que ao chegar pelo Tasman Sea a Doubtfull Sound teve receio de não conseguir dar a volta e não entrou pelo braço (artéria) que nós fizemos de barco (daí o nome Doubtfull).
À medida que navegamos no braço de água vão aparecendo montanhas com 700 e 800 metros de altura, pela esquerda e pela direita, que nascem junto à água com praias de gravilha. Crescem com vegetação densa de árvores enraizadas na pedra e cataratas que aparecem, quase que magicamente, em rachas onde não existe vegetação. As montanhas chegam até às nuvens sendo por vezes impossível de ver o cume.
Agora imaginem isto ao longo de quilómetros e quilómetros de lago, com mil e um braços a saírem deste principal, como se fossem veias a sair de uma artéria. E cada montanha encavalitada noutras cinco criando vales e riachos dignos de pinturas de museu.
E nós ali, a navegar por esta paisagem fora como se estivéssemos no século XVIII na tripulação do Cook a encorajá-lo para continuar em frente e descobrir um mundo mágico que estava à sua espera!

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Avançámos até ao ponto chamado Doubtfull Sound, mas como o mar estava bravo não podemos ir ver a colónia de focas :( No entanto, parámos na ilha dos pinguins e houve um que saiu da toca como quem sabia que estávamos ali todos à espera para lhe tirarmos uma foto! Granda Piriquito Bailarino de sobrancelhas amarelas e fato preto!
Foi aqui que demos meia volta e voltámos para trás. Não antes de pararmos num dos braços secundários, o Crooked Arm, para desligar os motores e apreciar o silêncio puro dos fiordes durante 5 minutos, sem falar nem sequer andar dentro do barco.
Como se fossem chamados pela tranquilidade do silêncio, apareceram um grupo de golfinhos aos pulos atrás do barco, marcando assim o fim dos 5 minutos e proporcionando um espetáculo de dança marinha brutal!
Golfinhos Check
Pinguins Check
Ficaram a faltar as focas e as baleias, mas estamos de barriguinha cheia! :)
A última paragem do barco, antes de voltarmos a apanhar o autocarro de volta para o Lake Manapouri, foi junto a uma das montanhas que tinha uma cascata que escorria água das mais puras do mundo. Fomos buscar a nossa chávena de chá, deitamos o chá fora, e enquanto a Ana levava uma molha de água pura encheu um cup of pure water para bebermos três golos.

Regressámos à caravana de alma preenchida, olhos limpos, pulmões revitalizados e com a perfeita noção que este será o sítio mais bonito que vamos ver nesta viagem, quem sabe nesta vida!
Depois de uma sesta merecida, sim porque as 18h dá-nos sempre um sono estranho que parece que se não fecharmos os olhos vamos ficar sem eles, fizemos o jantar na cozinha comunitária e lavámos roupa na lavandaria comunitária.

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Às 22h metemos os almofadões a vedar as paredes da caravana e dormimos que nem uns anjinhos!
What a day! :)

 

09
Out15

E lá voaram os Piriquitos!

Piriquitos

O acordar vai ficando cada vez mais alinhado com este lado do mundo e hoje é o último dia no hotel por isso tencionamos aproveitar cada minuto a 120%! Hoje avizinha-se um dia limpinho de nuvens e vento, mas o frio apareceu em força e devem estar uns 7 ou 13 graus. O caminho até aos ovos com bacon foi um bocado mais custoso!
Para hoje temos marcado ir buscar a caravana, saltar no Highest Canyon Swing in the World e seguir viagem para sul para a zona dos fiordes.
Pois então fazemos a última vistoria ao quarto e seguimos para o checkout na recepção. Eles dizem-nos que podem dar-nos boleia até ao stand da Maui Motorhomes. À chegada a senhora recebe-nos com uma simpatia já típica neozelandesa ( mas com um tom e uma forma de falar que apetecia dar estalos em modo combo do street fighter), e diz-nos que estávamos marcados para o dia anterior (!!! Ups), mas sem problema. Levámos uma ensaboadela de regras de segurança, protocolos e informações várias e depois um senhor vem connosco explicar a parte prática da caravana (águas, electricidade, esgotos, camas, mesas, etc,etc). Acabou a lição e lá vamos nós, chave na ignição, travão de mão desengatado e em frente...ups... sempre pela esquerda!!! SEMPRE PELA ESQUERDA!

Muito obrigado a quem participou para este presente!!!! :) 

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Agora vamos lá atirar-nos de um precipício a 350m de altitude com uma queda livre de 60mts é um Swing de 200mts. Chegamos à lojinha e eles dizem-nos que ainda temos 45minutos (alguém está ansioso claramente). Chega a hora e tiram-nos os pesos, os dados pessoais e fazemos um caminho de 20 minutos até ao local (a parte da chegada é por uma estrada que devia ser uma actividade só por si).
O sítio é "lindo de morrer" com grandes montanhas todas rasgadas de encostas num misto de verde e pedra com um riacho no fundo.. Parece um filme! A zona de salto é uma barraca de madeira e parafusos pequeninos. Os gajos que fazem toda a preparação têm um discurso afinado para que tu não vás para ali tranquilo ("im an honest Travel guide, and i must say that this is not safe", "we have a success rate of 51%, dont worry", "i tried to jump once and then i realized the equipment was shit and everything was still under construction, so i never did it again") :O !!!
Decidimos saltar os dois juntos de frente, puseram-nos os arneses e fomos dos últimos a saltar. Quando chegou a nossa vez perguntaram se portugal não era uma ilha em África e puseram a música do Madagascar "move it". "On go you must take a step forward together and jump" diz o homem enquanto olhamos para o precipício e nos pomos com os dedos do pé na pontinha. 3, 2, 1, MOVE IT! E lá voaram os piriquitos para uma queda espectacular de alguns segundos... Uma sensação única de medo, ansiedade e felicidade! Que loucura!!!! (Depois partilhamos o vídeo)

A quem quis participar no nosso vôo de baptismo, muito obrigado!!!!! :)

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Eram 15h e tínhamos que começar a viagem para Manapouri, o ponto de saída para o passeio do Doubtfull Sound. Fomos buscar um granda burrito a uma tasca mexicana chamada Caribe (aconselhamos vivamente) e partimos na nossa caravana do amor!

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O Diogo não só guiou a caravana durante 2 horas e tal como estacionou num parque de um supermercado num lugar para carros normais. Ficámos um bocadinho com o rabiosque de fora.......

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Depois de abastecer a caravana de alimentos, seguimos pela estrada que não há palavras para descrever. A primeira hora é feita de curvas e contra-curvas ao longo dos Lagos com montanhas dos dois lados. Mete a marginal num chinelo! Imaginem uma costa mediterrânea que se cruzou com as montanhas austríacas e tiveram um filho que encheram de esteróides... É este o nível da coisa!
Depois a segunda hora de viagem é planícies e planaltos pintados de verde e castanho com 20 ovelhas por m2. (Ahhhh, então é por isso que as UGG são a 70€!!) Infelizmente as fotografias ficaram na máquina por isso só depois é que podemos mostrar!

Chegámos ao Possum Lodge, Manapouri, e temos um lugar espetacular para a nossa caravana. Parqueamos o bicho e vamos ver os arredores. Não é que a 20 passos de distância está um lago de onde parte o barco para os fiordes! O cenário é mais uma vez lindo de morrer e nós agradecemos este karma espetacular :)

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Acabámos o dia a fazer a nossa cama na caravana e a arrumar as coisas nos poucos armários que existem.

Este foi o dia mais preenchido até agora!

08
Out15

À descoberta de Queenstown

Piriquitos

Acordámos às 6 da manhã, todos jetlaggados!
Tomámos o pequeno almoço no Hotel, como quem diz um pratão de ovos mexidos, bacon, cogumelos, tomate assado, torradinhas e salsichas, seguido de um prato de fruta e doces. Mesmo bom!

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 A nossa vista na mesa era um campo de golf rodeado de montanhas, algumas ainda com neve no cume, outras com vários tons de verde, tipo os outfits do Diogo há 4 anos atrás. :P


Depois do pequeno almoço de campeões apanhámos um transfer para o centro de Queenstown, a cidade mundialmente conhecida pelos desportos radicais. A ideia era passear pela cidade e ver quais actividades podíamos fazer! Fomos fazer um plano do dia para a "praia" de Queenstown.

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Decidimos subir de "gondola" aka teleférico até ao topo de uma montanha mesmo junto à cidade e ver uma vista de cortar a respiração. O centro da cidade é virado para uma baia do Lago (não nos lembramos do nome agora) e dá para ver duas mini penínsulas que entram pela água a dentro. É um quadro autêntico que torna a cidade (meio acinzentada) uma obra de arte natural. 

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Também de cortar a respiração foi a corrida de carrinhos de rolamentos que fizemos a descer parte da montanha. Chama-se Luge e tem uma pista azul e uma vermelha, cheias de curvas e contra-curvas, túneis e lombas. Fizemos 2 azuis e 1 vermelha com uns capacetes todos estilosos!! (Ana: Só estou com um capacete azul porque o vermelho só havia XS!)

Acabada a brincadeira dos carrinhos, descemos novamente a montanha e fomos marcar para a tarde um barco que tinha 820 cavalos e andava pelos braços do lago, a fundooooo!!!!
Depois fomos almoçar ao FERG Burguer, o restaurante mais famoso da cidade.. Era um hambúrguer tipo pizza, tinha tanto de grande como de enjoativo. Nenhum de nós conseguiu terminar. Fica a fotografia que comprova o tamanho dos bichos!

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O tempo começou a mudar e caiu uma mega carga de água que nos impossibilitou de andar no bote de 820 cavalos! Um misto de alívio com tristeza! Pode ser que ainda consigamos lá voltar :)

Chegámos a casa e apagamos completamente. O que eram 10 minutinhos de olhos fechados, viraram 3 horas a roncar! O relógio interno da Ana nunca falha portanto sem despertador acordou em cheio as 20.35h.. Já estávamos 5 minutos atrasados para um jantar fancy que tínhamos marcado no restaurante fine dinning do hotel. Vestimos o nosso melhor kit (e único) e fomos completamente zombies comer comida gourmet!

Mãe da Ana atenção às fotos!

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Entretanto chegámos ao quarto e a madrinha Mary S tinha lá "deixado" uma garrafa de champanhe para celebrarmos o love como deve ser!!! Mil obrigados madrinha querida!!!!!!

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With loaaaaadsss of love,

Piriquitos

 

 

05
Out15

Emirates também casam piriquitos

Piriquitos

 

Saímos de Lisboa eram 14:30, chegámos ao Dubai eram 01:00 hora local e o psd/cds está quase a ganhar as eleições nas quais nós (infelizmente) não votamos.
Já começamos a viagem cansados e embora a Emirates seja uma companhia cheia de qualidade, dormir sentado não é lá muito fixe..
Ao menos tem uns filmes de "domingo" mesmo bons, vimos o Ant-Man (se estivéssemos em casa a Ana nem lhe dava 5segs) e tem o jogo do snake (emocionante..).
Estamos em modo "vamos dormir" e do nada aparece uma senhora de lenço e chapéu na cabeça a perguntar pela Mrs Ana, (a Ana achou que já ia levar na cabeça porque estava descalça com os pés em cima da mesinha da cadeira da frente) e abre uma caixa com um bolo que dizia Feliz Lua de Mel, granda pinta destes gajos fazerem uma coisa assim!! Partilhámos com a nossa coleguinha de cadeira e seguimos viagem. Tiraram-nos a fotografia abaixo com uma polaroide :)

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Chegando ao Aeroporto do Dubai parece que chegámos a um Oásis. É só palmeiras e pequenos lagos com pessoas a tirar selfies rodeados de lojas e restaurantes, nada excêntrico.. Só temos tempo de comprar uma salada e uma sandes por 22euros e ir para a fila de boarding para Kuala Lumpur. São só mais 6 horinhas!

A viagem é um bocado atribulada, levamos uns valentes coices de turbulência e a Ana aprendeu em primeira mão o que são bolsas de ar quando caímos uns metros do nada... Estilo montanha russa..
Aterrámos em Kuala Lumpur ás 10:45 hora PT e só vamos ficar uma horinha, que é o suficiente para termos o primeiro verdadeiro cagaço da viagem. Saímos do avião sem os bilhetes, passaportes e iPad! Quando reparámos fomos logo falar com o Staff do avião que quase nem reagiram de tanta calma e disseram "We'll go to your seat", por outro lado o nosso pânico era tal que até deitámos fora a salada comprada no Dubai, só porque sim... 

Lá aparece um senhor Malaio com o nosso kit estojo passaportes e o iPad e quase fizemos xixi de descompressão do stress. No fundo viemos a Kuala Lumpur envelhecer 2 aninhos em 1 hora, foi agradável.
Agora rumo a Melbourne, mais 7 horinhas!!

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Já temos fotografias do casamento (grande Martinha e família sempre os primeiros!!) e ainda não as digerimos todas com atenção mas do que vimos parece que se avizinham umas boas para a sala e outras para profile pic :P

PS: O avião tem Wi-Fi :O

04
Out15

Já casaram os piriquitos

Piriquitos

Aqui estamos no aeroporto de Lisboa preparados para uma viagem épica ao outro lado do mundo.

A única coisa que conseguimos pensar é na festa de ontem a tentar relembrar todos os pequenos pormenores e histórias que conseguimos (a cabeça não está impecável...)! Foi um dia espectacular do princípio ao fim, todo o processo antes e todas as preparações foram vividas de um forma muito intensa e sentida não só por nós mas também pelas pessoas mais próximas.

Foi o nosso casamento mas foi também uma festa de um círculo muito maior, os pais, as madrinhas, os padrinhos e os nossos amigos mais próximos foram as pessoas realmente responsáveis pela festa linda que tivemos, nós somos uns sortudos e embora isso fosse algo que já sabíamos, esta festa sublinhou isso.

A decoração feita de detalhes deliciosos, a cerimonia com uns textos de derreter o coração e músicas muito bem cantadas, um jantar pseudo caótico (existem claros cumpridores de regras por aí!!!) com um vídeo/álbum daqueles que fica para a vida, um bolo que combinou sabor com beleza e a dança IMPARAVEL até ás 5 da matina (sem que a pista tenha passado por um momento remotamente sossegado).

Tudo isto, e mais mil e um detalhes, tornaram este dia o mais feliz da nossa vida, um marco que nos vai relembrar para sempre de que estamos rodeados de pessoas com uma energia única que nos adoram tal como nós as adoramos!

Muito obrigado e agora #vamoslaviajar :)

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